Cristiano Mariotti

sábado, 19 de janeiro de 2013

Coluna do Andy Allah - Paciência é a palavra chave para a base vascaína


Saudações Vascaínas caros leitores, é com um enorme prazer que recebi o convite da equipe do Gang do Bacalhau para escrever uma coluna sobre o nosso amado e querido Vasco da Gama. Acompanhei o crescimento deste blog e fiquei realmente honrado de poder passar um pouco da minha visão sobre os acontecimentos do nosso clube. Farei uma breve apresentação pessoal, até para nos familiarizarmos um pouco mais:

Meu nome é Andy Allah, tenho 25 anos, estou cursando o terceiro período de jornalismo pela faculdade da FACHA, repórter do site Jogada Ensaiada, sou vascaíno, torço para o Liverpool (ING), sócio do clube, salgueirense e um apaixonado por futebol. Sem mais delongas, vamos ao que interessa!

Copa São Paulo 2013
Sempre tive o hábito de ver e ler o que acontece com a base da Colina, e por conta dessa vivência,  vou emitir a minha opinião sobre o que ocorreu e o futuro da nossa garotada.
Como todos nós sabemos,nesta quarta-feira, fomos eliminados mais uma vez, na segunda fase da Copinha, pelo ótimo time do Goiás, levando uma dolorosa goleada de 5 a 1. Sempre após uma acachapante derrota, algumas questões vêm à tona: É o fim do mundo? A base não presta? O treinador não serve para a função? Não, não e não. Respondido, mas agora vou dizer o porquê:

É o fim do mundo?
Sem desespero galera, fomos para a Copa São Paulo sem oito jogadores que figuravam recentemente a equipe sub-20. Perdemos para a seleção, o goleiro Jordi e o zagueiro Luan, este já integrado ao time principal, assim como os demais;  Jomar, Dieyson, os meias Guilherme Costa, Marlone e John Clay, além do atacante Romário. Vamos combinar, desestrutura qualquer trabalho. No jogo ainda tivemos a perda, logo no início da partida, do goleiro reserva Gabriel Felix, que vinha agarrando bem.
Foram muitas mudanças! Aliada a má sorte de encarar uma forte equipe do Goiás, rápida e muito ofensiva, deu no que deu, éramos apenas francos atiradores.
Está certo que o torcedor vascaíno sempre vai querer ver o clube brigando pelo título, até se for um torneio de peteca, mas nas categorias de base, o que importa mesmo, mais do que a vitória, é o desenvolvimento e aprendizagem dos garotos, essa é a melhor parte, eles ainda podem aprender! Coisa que dificilmente acontece nos profissionais. 

A base não presta?
Prefiro valorizar os poucos destaques deste torneio, do que ficar batendo e generalizando os de menos brilho. Três me chamaram mais atenção; O lateral direito Richard, mais pela forma diferenciada com que bate na bola, laterais com esta características estão cada vez mais em falta.
O veloz Marquinhos, arisco, precisa melhorar o seu temperamento, não está pronto, mas se bem trabalhado, pode nos dar muitas alegrias ainda.
E o melhor que vi, foi o meia de 16 anos. Matheus Índio, impressionou a forma como dominava o setor, mesmo com a pouca idade é um clássico meia, dos quatro gols que o Vasco fez, ele teve participação em três.  

O treinador não serve para a função?
Vamos com calma também, o Sorato tem menos de seis meses no cargo, herdou uma herança maldita da turma do Galdino e sem falar que a geração do ano de 1992 (Marlone & Cia), subiu para o profissional. Confesso que não gostei da forma com que escalava o time, jogando com três volantes e isolando o Índio na armação, deixando o promissor atacante Yago no banco, mas vamos dar um crédito ao herói de 89

Notícia de ultima hora
Segundo informações colhidas pelo twitter do atacante cruzmaltino sub-17, Caio Monteiro, o lateral-direito Foguete, pode estar deixando o Vasco. Se confirmada, será a terceira promessa a zarpar da Nau Vascaína, daquela geração de 96, que enchia os meus olhos. Mosquito, atualmente no Atlético PR e Danilo no Santos, foram os outros. Restaram agora o volante Baiano e o meia Matheus Índio.
Tudo isso graças ao absurdo Mundial sub-15, celeiro de empresários, realizado em 2011, que a diretoria de forma equivocada, aceitou liberá-los. Se por lei, um atleta tem que completar 16 anos para assinar um contrato, desculpe, mas é burrice expor o garoto antes do tempo e o Vasco está pagando a conta.

Finalizando:
Costumo dizer que o futebol da base vascaína voltou para a era glacial, estamos partindo do zero novamente. Agora com o Mauro Galvão e Sorato assumindo o comando técnico e um CT da base reformulado, acredito no resultado, mas a longo prazo. O período industrial da colina ainda vai demorar, vamos ter paciência e acreditar. A cobrança nas nossas joias só  prejudicam os garotos, que não tem culpa pelos erros dos adultos que lá estiveram.        

Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal!

Abraços.


Um comentário:

  1. Seja muito bem vindo amigo,é um grande prazer tê-lo com colaborador e colunista deste blog.
    Parabéns pela lucidez na coluna.SV.

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