Cristiano Mariotti

domingo, 28 de outubro de 2012

Calvário Vascaíno. Por Cesar Augusto Motta


E o calvário continua

Parece que a derrota virou rotina para o Vasco, infelizmente. Agora foi a quinta seguida, de 1 a 0 para o Corinthians, em São Paulo. Se havia ainda alguma esperança quanto à Libertadores, esta já terminou, e pra piorar, caiu o Gigante mais 2 posições e está em sétimo lugar na classificação do Campeonato Brasileiro.
Antes do início do jogo, não estava eu animado, pois o ambiente no clube era carregado, atletas desmotivados e sem confiança, e o treinador já havia perdido o controle sobre o elenco. Tudo isso junto fez eu e a maioria dos torcedores não se empolgar com a partida, e até o empate já seria considerado bom se ocorresse.
A escalação foi a mesma do jogo passado, contra o Botafogo, com exceção de Dedé, que fraturou a fíbula da perna esquerda e ficará de fora do restante do campeonato.Este foi substituído por Renato Silva, e vencer amenizaria o clima ruim que havia se instalado no clube, após os salários novamente se atrasarem e as constantes brigas entre as correntes existentes na política vascaína.
O primeiro tempo até que teve amplo domínio do Vasco, com 64% de posse de bola e jogas pelas pontas, mas a falta de poderio ofensivo e a forte defesa corintiana atrapalharam a equipe carioca, que quase sofreu gol no minuto final da primeira etapa após conseguir criar algumas chances e carimbar a trave numa cobrança de falta de Fellipe Bastos.
Veio o segundo tempo e o Corinthians resolveu tomar a iniciativa no jogo, passando a dominar o Vasco e explorar rápidos contra-ataques e aproveitar as falhas de marcação que o Trem Bala apresentava. E o gol saiu com muita insistência, e graças a uma bola rebatida por Nílton, abriu o placar com Guerrero e passou a administrar o resultado com tranquilidade, sem o Vasco conseguir ameaçar o gol de Cássio.
Um fim de campeonato melancólico para os vascaínos, que não sabem se a equipe vencerá mais algum jogo, e faltam 5 rodadas para o encerramento. Um time em pedaços, sem vontade, sem identidade, que foi desmontado e não devidamente reconstruído, e as escolhas erradas da diretoria refletiram na pífia campanha do segundo turno, sendo somente a 17ª, o que é lamentável para um clube do tamanho do Vasco, e o torcedor vascaíno merecia muito mais. Foi um 2011 de resgate da dignidade do torcedor e retorno do clube a ser protagonista dos campeonatos que disputou, e 2012 foi apenas coadjuvante. Falta de planejamento, que isso não se repita em 2013, caso contrário, o Vasco será relegado a segundo plano e poderá ser assombrado pelo fantasma da série B, caso não honre seus compromissos e não monte uma equipe competitiva. É procurar replanejar e colocar a casa em ordem, pois 2012 é para se esquecer.

Cesar Augusto Mota
@rasecmotta11

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