Cristiano Mariotti

segunda-feira, 11 de março de 2013

Coluna Cristiano Mariotti: Toda COVARDIA deve ser castigada!

Tal conforme na semana passada e respeitando sempre a vontade do estimado leitor, vou procurar ser breve em meus comentários. Até mesmo porque hoje foi O DIA MAIS FELIZ DE MINHA VIDA, com o nascimento de minha amada filha Manuela (a que MAIS AMO na minha vida, ao lado de minha mãe e de minha esposa), a quem dedico, desde já, meu presente texto, independentemente do meu sentimento e de milhões de vascaínos (desejo que ela seja incluída dentre nós um dia, o problema é que o Vasco atual não ajuda!) que estão, mais uma vez, tristes com mais uma final de taça perdida.

No contexto geral, não é o resultado que me revolta, e sim, a forma como o qual foi construído. Ou melhor: destruído! O problema todo é um time que já é limitado por natureza saber jogar uma decisão. Com covardia e abdicando da vontade de ser campeão por parte de TODOS é que NUNCA SERÁ! A melhor estratégia de uma decisão é dar sua vida, se precisar, pelo troféu que está em jogo. E isso, mais uma vez, não fizemos! Aliado a esse fator, vem da parte do treinador no banco de reservas uma estratégia RIDÍCULA de “abrir mão” de jogar futebol, mesmo com o pouco que tem.


Sou de um tempo em que vi o Vasco vencer campeonatos, tal como em 1998 em que o grande time “temido” daquela Libertadores era o River Plate, colocando o “coração na ponta da chuteira” e com tesão de chegar ao topo maior do pódio. Não somente o Vasco eliminou o time argentino como fez questão de fazê-lo, dentro de sua casa, no Estádio Monumental de Nuñes. Vi, ainda, essa mesma geração (mais madura e com uma e outra alteração no elenco) virar jogos difíceis, como foi aquela fantástica decisão contra o Palmeiras, pela Mercosul em 2000. 


E vi, também, times inexpressivos e que a torcida do Vasco mal se lembra de sua escalação como foram os times campeões cariocas de 2003 e da Taça Rio de 2004 (tal conforme escrevi semana passada, aqui nesse mesmo espaço) serem campeões na base da CORAGEM, ESPÍRITO GUERREIRO, FORÇA DE VONTADE e MUITO TESÃO! Dali, já tinha deixado bem claro meu posicionamento com relação a esse igualmente time limitado do Vasco: se quisesse ser campeão, era esse o espelho. Gostem ou não daquele time, ele serve de referência pois soube tirar de sua limitação a DETERMINAÇÃO necessária para sagrar-se campeão, em uma final que já era dada como “favas contadas” pelo Fluminense.


Em contrapartida, presenciei times bem superiores tecnicamente, tal como foram os times de 1999 e 2000, perderem as finais nessa mesma circunstância de hoje: jogando pelo empate ou, no segundo caso, pelo resultado igual em duas partidas. Assisti chorando, mas aplaudindo de pé aquele time da Copa União de 1988, eliminado na prorrogação, mas que deu o sangue, o suor e suas lágrimas para que saísse classificado do Maracanã! É evidente que deve-se ter um esquema de jogo, um padrão definido de como domar ao adversário, mas sinceramente, considero que em um futebol tão nivelado por baixo tecnicamente, o que vale mesmo na hora de decidir é a GANA por querer sair de campo campeão. 


Somos feito de escolhas: há os que optam por vencer sempre e entrarem com tudo para alcançar seus objetivos, e há os que são “eternamente adormecidos em seu leito com sono profundo” achando que o imponderável sempre jogará ao seu favor e que a sorte irá sempre ajudar aos que NADA FAZEM para merecê-la! Infelizmente, o Vasco de hoje foi o mesmo do que das últimas finais de Taças do Rio de Janeiro: devaneou para o segundo caso. Pensou que bastaria jogar o mesmo que contra o Fluminense na semifinal, mas nem o aspecto GANA nós tivemos! Simples assim!


Da parte de Gaúcho (mais um da série de treinadores – aprendizes que passam por São Januário, tal como Dário Lourenço, Alfredo Sampaio, Tita e Cristóvão Borges já passaram um dia!), a culpa recai simplesmente por pensar que um time que toma gol TODO JOGO não iria tomar nesse, e por esse motivo, arma (será mesmo que armou?!) um esquema de atacar somente se possível fosse com jogadores sob desconfiança de sua produtividade pontual, integrados por dois problemáticos que provaram que assim são tamanho desequilíbrio em uma jogada ofensiva que, de uma discussão, quase acaba em cenas de UFC em plena relva do Engenhão! Compõe-se esse esquema falho com um pseudocorredor que há tempos vive de um lance em uma decisão de Copa do Brasil e que, para mim, só é titular ainda por ser um ativo do clube. Do contrário, mais uma vez a culpa é de quem o mantém, mesmo assim. 


E para culminar, sem centroavante fixo de área, por limitações de elenco mesmo. Juntando todos os fatos: um sistema defensivo sempre falho entregue à própria sorte do imponderável, um sistema ofensivo muito discutível, um esquema supostamente mal armado levando-se em consideração esses dois fatores e, o que mais necessitaríamos em uma final, também não marcou presença que seria o TESÃO pela vitória. Enfrentamos um time regido por um grande craque holandês e que teve GARRA e VONTADE para chegar ao título, mesmo sabendo que precisaria de vencer a dois clássicos seguidos para tanto! Como resultado: Botafogo campeão de COM MUITA JUSTIÇA!


O estimado leitor pode até discordar de uma ou outra colocação, pode pensar que nem jogando com vontade de ser campeão o Vasco assim se sagraria pela limitação de seu elenco, de seu treinador, até mesmo pela desestrutura política que o clube atravessa e reforma administrativa que, se para alguns, seria um motivo de fazer política para o bem se o Vasco ganhasse hoje, para outros está servindo nessas horas como “palanque político” para bravatear que time não presta, que está tudo errado, que deve-se mudar do Presidente ao porteiro entre outras coisas chatas que hei de aturar nos próximos dias. Contudo, uma certeza todos nós temos: sairíamos de campo de cabeça em pé, tal como no exemplo de primeiro de fevereiro de 1989 (da Copa União que lhes escrevera) e orgulhosos pela LUTA E DETERMINAÇÃO dada ao meio das adversidades e das limitações técnicas. Nem isso, pudemos presenciar, infelizmente...

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