Cristiano Mariotti

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Coluna Cesar Augusto Mota-Agitação dentro e fora de campo


Olá, amigos vascaínos!

 

Infelizmente o Vasco não foi bem nos últimos jogos, duas derrotas que nos levaram para as últimas posições, várias preocupações, mas algumas  esperanças. Contamos agora com um novo treinador e aos poucos acordos vão sendo feitos e patrocínios vão sendo anunciados. Há alguns pontos que valem discussão, vamos a eles.

 

Troca de comando

 

Como falei anteriormente, trocar de treinador foi uma boa, primeiro porque Paulo Autuori já estava desgastado com os problemas do clube, segundo, que ele não conseguiu dar padrão tático a equipe, e, por último, que já estava acertado com o São Paulo antes de comunicar decisão na sexta-feira que antecedeu ao jogo contra o Internacional. Ter saído em um dia e se apresentado dois dias depois em outro clube pegou muito mal para Autuori. O técnico se queimou com a torcida, e pode acontecer com ele o mesmo que com Celso Roth, ser hostilizado quando enfrentar o Vasco em São Januário e ser considerado persona non grata, com as portas fechadas para um retorno.

Dentre as opções no mercado, Dorival foi a escolha da diretoria, não havia plano B, conforme o diretor-geral Cristiano Koehler. Um velho conhecido voltou, trabalhou num período de reconstrução do clube, e agora terá outro.

Conhecer o clube e grande parte das pessoas que trabalham já ajuda Dorival, mas isso não basta, o plantel é inchado, com mais de 40 jogadores, e isso tumultua qualquer trabalho. Nos poucos dias em que está trabalhando, Dorival está dando oportunidades a atletas como Lorran e Henrique, da base, e vai ter que refazer a equipe, tendo o trabalho de Paulo Autuori de ser jogado fora.

Que Dorival é competente e possui um currículo respeitável, ninguém nega, mas sozinho não pode fazer milagre, o clube está se movimentando para acertar as finanças e, consequentemente, contratar jogadores melhores, mas não está fácil. As certidões negativas ainda são aguardadas, novos patrocinadores chegaram também, para a Caixa são necessárias as CND’s, houve assinatura ontem com Nissan e pode vir LG. O Vasco vai tentando se arrumar, isso nos motiva, mas dentro de campo a situação é preocupante, precisamos de mais reforços, principalmente para o gol e outro zagueiro.

 

 

Reforços

 

Na última semana e também nesta, tivemos novidades. Juninho voltou ao clube após não se adaptar ao futebol norte-americano e agora jogadores anunciados hoje. Willie, do Vitória, e Fágner, após passagem apagada pela Alemanha. Não conheço o primeiro, mas o anúncio da volta do segundo não só nos pegou de surpresa como gerou muita satisfação.  Fágner deixou muitas saudades, um lateral que apoia e cruza muito bem, apesar de problemas na marcação, mas depois que saiu, ninguém emplacou em sua posição. Quem sabe o futebol de Éder Luis volte, já que ambos tinham um entrosamento muito bom antes da negociação de Fágner em julho de 2012. Willie é mais um atacante que chega, o setor já está inchado, ele terá que jogar muito, e veremos se terá chance de jogar.

Nosso meio campo vai ganhar muito com Juninho e Montoya, o Reizinho de volta e perto dos súditos, com seu excelente passe e espírito de liderança, e Montoya com sua habilidade para sair jogando e rapidez. O primeiro já está regularizado, que o segundo possa ser a tempo. Precisamos de rápidas mudanças, o campeonato está indo para a oitava rodada, mas não se pode demorar.

 

Parte final

 

Além de reforços, necessitamos também de dispensas, são mais de 40 jogadores, não dá para Dorival Júnior resolver um bom trabalho e para desinchar a folha de pagamento. É desagradável ver que no grupo ainda estão Robinho, Leonardo, Enrico, André Ribeiro, e esses não estarem jogando. Dorival tem que passar a faca e a diretoria dar um jeito. Por menos quantidade e por um elenco melhor.

Lamentável essa polêmica em torno do Maracanã, acerca dos lados e também da carga de ingressos. Sabemos que há modernidade, que está surgindo uma nova cultura no futebol, mas há direito adquirido e tradição. Sem tradição, não há identidade, e sem identidade, não tem futebol. Ridículo o que foi feito com o Vasco, cuja torcida estava acostumada a ficar no mesmo setor há 63 anos e, de repente, lhe é tirado esse direito. O Fluminense está fazendo valer o que estava em contrato com o Consórcio Maracanã, mas era preciso mexer com os lados das torcidas e colocar isso em contrato? Além do Fluminense ter provocado ira, houve deslize do consórcio, o risco de violência vai ser ainda maior, e não sabemos o que pode acontecer no dia do jogo. Lamentável mesmo.

Vamos torcer para que não aconteça confusão no clássico, que Montoya seja regularizado a tempo, assim como Fágner, e que venham certidões negativas e patrocinadores. Queremos que o Vasco acorde, e não seja coadjuvante. Vamos Vascão!

Obrigado a todos, até a próxima.

 

Cesar Augusto Mota


Twitter: @rasecmotta11

E-mail: rasecmotta@uol.com.br

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