Cristiano Mariotti

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cristiano Mariotti: RUMO AO...?!


A grande jornada do campeonato brasileiro de pontos corridos irá se inciar no próximo sábado. Para muitos, o sonho de título, tais como equipes mais qualificadas e que, em circunstâncias normais, deverão ocupar os primeiros postos e brigar pelo título ou, no pior caso, pela vaga na Taça Libertadores da América de 2014. Para outros, as pretensões são bem mais modestas. As equipes de menor expressão no futebol internacional se conformam com a fuga do rebaixamento, quem sabe, com uma vaga na Copa Sulamericana, que de inssossa não tem mais nada, pois o vencedor consegue, também, uma vaga na Libertadores do ano seguinte, disputa a Recopa das Américas e tem visibilidade para diversos países.

Infelizmente para nós, vascaínos, o discurso é de apequenamento. Vítimas de nossas próprias torpezas e decisões erradas ao longo do tempo, o Vasco inicia somente com um pensamento: não ficar no Z4, entre os quatro últimos que serão rebaixados em 2014. Muito triste a vertiginosa queda. Há exato um ano atrás, nossos lamentos eram pelo gol perdido de Diego Souza e, com ele, a vaga nas semifinais da principal competição das Américas para o Corínthians, que viria a ver campeão mais tarde. Pouco mais de um mês e até a mesma fatídica janela de transferência, o Vasco gozava do prestígio de ser líder da competição, lutando sempre no G4 e fazendo o torcedor acreditar que uma das vagas para a Libertadores de 2014 seria nossa. Contudo, o time foi desmontado e as chances foram indo embora. Do crédto à descrença e, em menos de dois meses, a certeza de que a falta de planejamento devido às transferências de último momento nos colocaram alijados de ver o Vasco no lugar onde ocupam Atlético-MG e Fluminense hoje.

Impressionante como as coisas mudaram para MUITO pior e, hoje, o vascaíno volta à síndrome que nos assombra em quase toda a era do Brasileiro de pontos corridos. Contudo, JAMAIS tinha visto um discurso tão derrotista outrora conforme estou presenciando. O torcedor do Vasco tenta se animar, tenta ajudar, ser sócio ainda que aparente que o clube não queira, aderir às campanhas lançadas nas redes sociais, mas sabe que a situação do clube é muito preocupante. Não há como sonhar com dias melhores e com desenvolvimento sustentável sem resolver a parte financeira, e sem a mesma não há como se ter um time competitivo. Contudo e tal conforme já escrevera em outro texto, sem time em evidência, sem visibilidade em mídia, sem retorno financeiro com marcas valiosas que poderiam pagar bem mais dentre outras vantagens. Sinceramente, já discorri sobre isso inúmeras vezes, nas insisto na tese de que já era para a situação estar bem melhor. São CINCO meses de trabalho de Cristiano Koehler e seus profissionais, e as notícias que recebo são as do não cumprimento do plano traçado em concomitância com a eterna morosidade marcante dessa gestão em se resolver problemas operacionais, por mais simples que sejam.

Entre tantas incertezas, apenas uma certeza: de que, dificilmente, veremos um Vasco bem mais forte nos próximos anos.  Que a luta, de momento, é outra, bem mais modesta como normalmente seria em seus grandes tempos. Podemos até ter um time competitivo dentro de pouco menos tempo do que achamos, mas ninguém garante que não será como em 2012, em que o desmonte evidenciou o quão fraco o Vasco foi para se reconstruir e se manter competitivo. Falta confiança e a credibilidade aparenta ter sido afogada no mar de erros e de mentiras que "tomou de assalto" São Januário. Entre promessas por dias melhores, vivemos na orfandade de um presente que nos faz constatar a propagação da interminável "era de trevas". Muito triste para um clube do tamanho como o Club de Regatas Vasco da Gama!

"Toques finais"

1 - Tal como escrevera em meu artigo no SuperVasco de ontem, André é um belo jogador, promissor e que, ao lado de Tenório, terá tudo para provar a todos nós o quanto ambos podem ser úteis ao Vasco, ao contrário de Éder Luís, que perdeu seu futebol naquele chute que nos deu o título da Copa do Brasil de 2011.

2 - Edson Borges chega a ser uma tremenda afronta para a torcida do Vasco, que perde Dedé, seu ídolo, e tem (ou teria) como reposição um zagueiro desconhecido, rodado em mais de dez clubes e cujo seu auge na carreira foi no modestíssimo Iraty, do Paraná, em 2006 pela Copa do Brasil, quando na ocasião fora eliminado para o Vasco em São Januário pelo placar de 5 vs 1.  Pode ser que a legislação da FIFA de não poder atuar em mais do que dois clubes ao ano nos auxilie a corrigir tamanha incoerência, mas só em ter cogitado seu nome como "reforço" já é motivo de desânimo e de propagação do mesmo para os já desanimados.

3 - Veiculou-se sobre a possibilidade do goleiro Paulo Víctor, reserva do Flamengo, jogar no Vasco através do empresário Reinaldo Pitta. Como nos dias atuais, percebo que as manchetes dos "jogadores oferecidos" ao clube não têm suas contratações concretizadas, penso que seja pouco provável que venha agora. Pelo ponto de vista técnico, trata-se de um goleiro MUITO MELHOR do que Alessandro e Michel Alves. Somente esse fator já credenciaria sua contratação.

4 - Michel Alves; Elsinho, Nei, Luan e Yotún; Sandro Silva, Fellipe Bastos, Wendel e Allison; Éder Luís e Tenório. É o que temos para sábado e não irá fugir muito dessa escalação. Não conheço o time da Portuguesa de Desportos, mas independentemente disso, a vitória É OBRIGAÇÃO se quisermos começar a cumprir nosso modestíssimo objetivo inicial para esse certame.


Cristiano Mariotti
cris.mariotti@crvasco.com.br
Twitter: @crismariottirj 

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