Olá
amigos e amigas!
Estou de volta à minha coluna quinzenal (que por motivos
profissionais e do novo projeto do Só da Vasco, foi escrita após 20 dias da
outra) e já adianto que a coluna ficou um pouco maior do que deveria pois
trata-se de um fato relevante na história do Vasco e a partir da próxima, será
bem mais resumida. Falarei em primeiro
momento de algo emocionante vivido por mim e mais dois integrantes do programa
Só dá Vasco no sábado inesquecível do dia 31/08, mês do nosso aniversário, os
amigos Daniel Freitas e Carlos Gregório, numa conquista histórica da base
vascaína. Uma conquista emblemática na categoria sub -20, que representa o
fruto de uma reestruturação tão aclamada por torcedores, conselheiros e até
jornalistas que cobriam diariamente o dia a dia da base vascaína. A falta de
estrutura e total descaso das categorias de base vascaína, durante os tempos da
gestão Eurico Miranda e na primeira gestão Roberto Dinamite,em todos os
sentidos, seja em estrutura física para treinamento, acomodação para os
jogadores se instalarem, alimentação digna para um esportista de alto
rendimento e até mesmo na contratação de profissionais reconhecidos no mercado
do futebol, ou que pelo menos tivessem realizado um trabalho que desse respaldo
para sua contratação como ocorre em qualquer clube brasileiro que leva a gestão
da base com o mesmo profissionalismo que o faz com o futebol profissional.
Exemplos não faltam: Cruzeiro, Atlético-MG, Vitória, Inter, Gremio, São Paulo,Santos, Fluminense e agora o Botafogo, entre outros
que não cansam de revelar jogadores anualmente para o time profissional, como
conseqüência de uma gestão eficiente, que se preocupa em fornecer todo o
suporte para que os resultados sejam colhidos. E em um momento que os custos
para se manter um time profissional vencedor são cada vez mais altos, o
aproveitamento destas revelações na equipe profissional pode reduzi-los além de
posteriormente ser um fantástico gerador de caixa que poderá ser aplicado em melhoria
da equipe profissional, e ao meu ver deve ser também ter parte desse valor
reaplicado nas categorias de base para que esse ciclo continue e se possível
seja aprimorado a todo momento, em busca de ganhos esportivos e financeiros.
Acho que o Santos com as gerações Robinho e Diego, na década passada e Neymar e
Ganso representa a melhor descrição de uma base que pode trazer ótimos frutos
para o clube.
E somente após o reconhecimento por
parte da diretoria vascaína da importância estratégica para o clube de futebol
da adoção de uma gestão profissional nas categorias de base, adotando modelos
vencedores em clubes citados como referência e sabendo aguardar a colheita de
resultados a médio e longo prazo, é que o clube começou a conquistar a taca BH
2013. O primeiro passo foi o acordo com Pedrinho Vicencote para utilizar as instalações do CT de Itaguaí. Este tem uma importância
estratégica para a base. São 6 campos, dormitórios confortáveis, refeitório,
além de um acompanhamento diário de profissionais que tiveram seu trabalho
facilitado pois a distancia do CT para o Rio de Janeiro facilita a concentração
e o foco dos jogadores no objetivo principal.O segundo ponto foi a contratação
de um gerente executivo de futebol, que tem larga experiência nesta função, não
na base, mas no futebol profissional do
Gremio e Vitoria , além de ser um ídolo do clube, e um retrato fiel de um
desportista de caráter inabalável. Isso sim traz credibilidade dentro e fora do
Vasco no andamento de projetos do futebol da base, além é obvio, da captação de
jogadores e na manutenção de jogadores por parte de seus empresários que vêem
neste gestor e na sua condução, a expectativa de que seus jogadores possam vir
a ter uma carreira com mais possibilidades de êxito. O terceiro ponto foi a
evolução na qualidade de treinamento, haja vista a disposição tática e falta de
padrão de jogo nos tempos do treinador Galdino, e que ficou mais claro após o
testemunho dos jogadores que o trabalho implantado pelo ídolo Sorato nos
treinamentos, deu ao time este padrão que tanto faltava e conseguiu até fazer
com que jogadores que antes só se preocupavam com a criação de jogadas, também
se dedicassem a ajudar na marcação quando o time era atacado, como exemplo cito
o meia Guilherme Costa durante a final dos juniores contra o Vitoria.
Com todos estes ingredientes, o Vasco
conseguiu superar adversários durante esta competição que haviam nos vencidos
em competições anteriores e algumas vezes até por placares dilatados, voltando
a vencer um título de expressão nacional na categoria Sub-20 ( o último foi a
taca SP de 1992, na geração Valdir e Pimentel, entre outros) premiando a nova
maneira de conduzir a base vascaína!
Marlone
e Wilie : um Vasco menos Burocrático
Amigos, a última coluna que postei
foi no dia do aniversario do Vasco, então naquele momento tanto Marlone, quanto
Wilie não haviam chamado tanto a atenção da torcida vascaína. O time era
bastante previsível e tinha principalmente nas jogadas de bola parada de
Juninho, uma das poucas armas para intimidar o adversário. Porém 4 dias depois,
contra o Corinthians em Brasilia, eis que na escalação aparece o menino Wilie substituindo
o nosso único segundo atacante, Eder Luis que dava velocidade ao ataque era uma
opção tática importantíssima, princialmente com o retorno do Fagner. Ele entrou
e mostrou o que hoje nós após varias atuações já temos certeza: um ponta
arisco, sempre ousado, com dribles insinuantes, e com uma virtude que o que o
torna melhor ao meu ver do que o Eder Luis: a finalização! Isto ficou evidente
no jogo contra o Cruzeiro em seus dois gols e no primeiro gol contra o Náutico na
Arena Pernambuco, quando em um toque de centroavante, encobriu o goleiro
adversário e deu inicio a uma bela vitória! Fica a certeza que este jogador tem
tudo para ser ainda mais útil do que o muitas vezes contestado Eder Luis!
Com relação
ao Marlone, como venho comentando nos programas do Só da Vasco, é um jogador
que mesmo no esquema do Dorival que o coloca mais deslocado para a esquerda,
por ter sido sempre o camisa 10 da base, tem algumas características que hoje
não se encontra na maioria dos times de base no Brasil. Um meia habilidoso, que
os mais antigos diziam “que atua com a cabeça erguida”, com ótima visão de jogo
e que hoje atua mais próximo ao ataque,
fazendo o papel que o Diego Souza fazia em 2011/2012 para concluir ou municiar
os dois atacantes. Mas este jogador que eu sempre antes criticava por me parecer um pouco “sonolento”
em campo, mudou sua postura com a confiança
depositada pelo Dorival e mostra-se um jogador com uma personalidade
surpreendente, a ponto de não ter mais medo de tentar as jogadas, aproveitar
melhor o seu ótimo chute de fora da área e muitas vezes também como foi o caso
do segundo gol do Vasco no Mineirão contra o Cruzeiro, perceber a entrada do
lateral Fagner, que em seguida cruzou para Andre que nos colocou no jogo
naquele momento, mostrando sua ótima qualidade citada acima, como um bom meia
deve ter! Também se deve salientar que como neste esquema joga deslocado para a
esquerda, por muitas vezes ainda faz a função de ponta esquerda, como foi visto
no belo cruzamento para o Andre no jogo contra o Atlético PR, entre outras
jogadas que este tem criado neste setor!
Assim, podemos criar maiores
expectativas para o ano que vem, se pensarmos que hoje temos um lateral esquerdo
como Henrique, que diferentemente do experiente Youtun, tem um grande poder de marcação
e evolui a cada dia na parte ofensiva, além de aparentemente ter surgido um
outro xodó para a torcida vascaína, tão carente pela saída do Dede: Jomar. Um
zagueiro de muita raça, com marcação forte, ótimo posicionamento e que daqui
para frente tem tudo para aos poucos, nos ajudar a esquecer a perda do Mito!
Que
venham Danilo, Jon Clay, Thales e Yago, jogadores que acabam de subir para os
profissionais. E que o Vasco continue a entender que esse é o caminho que nos
levou a tantas glórias!
FLAVIO
HENRIQUE
@FHCM1
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